Esportes que cumprem todas as exigências do Comitê Olímpico Internacional ficam fora dos jogos por conta da superlotação
Por Marília Melhado
Olimpíada de 2008 em Pequim, na China, começa dia 24 de agosto. Para os 24 mil atletas que vão disputar os jogos, trata-se de um sonho realizado. Para outros, o acontecimento representa tristeza por suas modalidades não participarem. Para ser reconhecido e entrar nesse restrito grupo de competidores, é necessário cumprir exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI). Um dos requisitos é que a modalidade seja praticada por homens em no mínimo 75 países e quatro continentes e por mulheres em 40 países e três continentes. Entretanto, muitos cumprem as exigências e ainda assim não são aceitos. O COI apenas admite novos esportes se outros saírem. Caratê, squash, surfe e rúgbi são alguns nessa situação.
Desde 2005 há duas vagas abertas. Caratê e squash foram os mais votados na Comissão Olímpica, mas não tiveram o número mínimo de dois terços dos votantes. “O que faltou foi lobby”, afirma Tiago Cabral, presidente da Associação de Profissionais de Squash do Brasil. Segundo ele, angariar patrocínios fica mais fácil para quem tem a visibilidade proporcionada pelas Olimpíadas. O presidente da Confederação Brasileira de Caratê, Edgar Oliveira, lembra que a arte marcial tem condições de subir ao pódio. “A Olimpíada é um sonho de muitos anos”, garante.
Em situação complicada está o Futsal. Apesar da Federação Internacional de Futebol (FIFA) ser reconhecida pelo COI, não é um esporte olímpico. Segundo Aécio de Borba Vasconcelos, presidente da Confederação Brasileira de Futsal, para que a modalidade entre nas olimpíadas, o COI exige que a Fifa libere 11 jogadores acima de 23 anos para jogar no futebol de campo. “A Fifa não pode ceder porque isso levaria à realização de praticamente uma Copa do Mundo a cada dois anos”, afirma.
---publicada em Folha Universal
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Um comentário:
muito bem escrito.
parabéns!
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